Processamento auditivo se refere aos processos envolvidos na detecção, na análise e na interpretação de eventos sonoros. Estes processos acontecem no sistema auditivo periférico e no sistema auditivo.
É
a dificuldade que o sistema auditivo tem em separar uma mensagem com sentido,
de essencial fundo sonoro e entregar essa informação com clareza aos centros
intelectuais do cérebro.
Estima-se
que 10% das crianças em idade escolar apresentem DPAC. Desse total, 1% tem
dislexia. Na evolução, quem ouve mal, fala, lê e escreve mal. Por isso a comorbidade
entre dois distúrbios.
Vamos
entender o problema? O que é o DPAC? Pessoas com distúrbio de processamento
auditivo escutam os sons, mas tem dificuldades de entendê-los, armazená-los e
localizá-los. O DPAC é uma falha do sistema nervoso central. As informações são
ouvidas normalmente, porém há uma deficiência neurológica que
prejudica a compreensão das informações.
Preste
atenção nas características:
Dificuldade
de ouvir com ruído, uma conversa no meio da rua exige muito esforço porque tem
muito barulho ao redor então para ele se
concentrar já dificulta;
Não
consegue localizar de onde vem o som; problemas em seguir instruções;
Tem
também dificuldade de entender ritmo, ênfase e entonação;
Grande
esforço para se manter concentrado;
Problemas
de leitura, escrita e linguagem (dificuldade de contar uma história, por
exemplo).
As
pessoas com DPAC apresenta dificuldade em manter atenção aos sons, dificuldade
em escutar em ambientes ruidosos, dificuldade na aprendizagem da leitura e
escrita, dificuldade de compreender o que ler, necessidade de ser chamada
várias vezes (parece não escutar), baixo desempenho para escrever, interpretar
textos e compreender o enunciado de problemas.
Não
entende o que foi dito, solicita com frequência a repetição das informações (o
que? pode repetir?), dificuldade em entender as expressões com duplo sentido, piadas
ou ideias abstratas, dificuldade de dar um recado ou contar uma história,
problema de memória para nomes, datas, números, etc.
Causas:
Genética:
um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam
características semelhantes;
Otite
frequente durante os três primeiros anos de vida; processos alérgicos
respiratórios tais como: sinusite, rinite e até mesmo refluxo estão comumente
associados.
Diagnóstico Multidisciplinar
- o neuropediatra faz uma investigação neurológica;
- a psicóloga faz avaliação mental,;
- o psicopedagogo avaliação cognitiva e avaliação pedagógica;
- fonoaudiólogo faz todos os testes de audição e do processamento auditivo.
É importante
ressaltar que o diagnóstico é muito confundido com TDAH e dislexia ,o
tratamento nesse caso é diferente.
Como
é feito o exame? Pelo fonoaudiólogo dentro de uma cabine acústica com fones de
ouvido, um audiômetro de dois canais e um CD player, estímulos verbais e não
verbais são apresentados ao paciente, e esse tem que ouvir e produzir oralmente
ou apontar uma figura ou palavra escrita para produzir a resposta sensorial
envolvida.
Reabilitação
é feita com o uso do audiômetro que permite apresentações de fala e tons puro
por fone de ouvido. Quando acoplado a um aparelho de CD, ele reproduz estímulos
diferentes em cada orelha, a escuta dicótica. Este procedimento é feito em uma
cabine acústica ou sala silenciosa.
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